Atualmente, a Reserva da Vida Silvestre do GURJAÚ no Estado de Pernambuco/ Brasil é uma das maiores Unidades de Conservação de Proteção Integral da Região Metropolitana do Recife (RMR), sendo arrodeada pela cultura e conflitos socioambientais da cana-de-açúcar e pelos Municípios limítrofes: Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e Moreno.
Durante muitos anos os graves problemas de relacionamentos evidenciados entre natureza e sociedade acarretam conflitos socioambientais, refletidas até hoje.
A necessidade de delimitação em áreas externas de Reservas Ambientais no Brasil tendem a sofrer mudanças pelas ocupações humanas ou por condições de proteções à recursos naturais. Ademais, o levantamento de aspectos históricos e culturais são necessários para promoção da realidade politica e econômica.
As ocupações holandesas no Brasil são marcadas por conflitos socioambientais dos feudos açucareiros. Em 1532, Martim Affonso de Souza iniciou o cultivo de cana-de-açúcar quando o país era categorizado como Capitania Hereditária, atualmente chamado Estado Federativo do Brasil. O Primeiro Engenho de Açúcar foi em São Vicente (Estado do Rio de Janeiro), mas houve o empobrecimento devido à alta competividade da expansão da indústria açucareira no Nordeste.
O Refúgio de Vida Silvestre (RVS) é uma Área de Proteção Ambiental dentro de um sistema de Mata que compõem a Reserva do GURJAÚ, possuindo terras públicas e privadas. A categorização de RVS se deu no ano de 2011, com a criação da Lei nº 14.324. Ademais, possui Proteção Ambiental – APA, com certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos e culturais. A sua área extensa é de aproximadamente 1.077,1 hectares, o qual inclui: Jaboatão dos Guararapes (157,44 ha); Cabo de Santo Agostinho (744,47 ha) e Moreno (175,19 ha).
Com o geoprocessamento percebe-se que através da análise de mapas temáticos geoprocessados, serve-se de importante ferramenta para tomada de decisões e estratégias tanto para os gestores quanto para os atores envolvidos. Além de permitir uma melhor efetividade operacional no campo do planejamento ambiental, eficiência no processo de investigação dos conflitos socioambientais e violência.
Por isso, o objetivo é trazer reflexão e debate critico da (in) justiça espacial dos espaços geográficos, através geoprocessamento, estatística multivariada, histografia e conceitos jurídicos.