As infecções sexualmente transmissíveis são um grande problema de saúde pública. A sífilis merece destaque entre as IST's por ser uma infecção sistêmica, milenar e persistente que causa graves danos sociais, econômicos e de saúde, com consequências irreversíveis a longo prazo. Na gestação, torna-se um grave problema de saúde pública, pois ainda é observado em uma parcela significativa de mulheres, favorecendo a ocorrência de sífilis congênita. Na Planície Litorânea do Piauí, no período de 2017 a 2021, foram notificados 272 casos de sífilis congênita. Neste contexto, o Piauí ainda não conseguiu controlar a alta incidência de sífilis congênita. Nesse sentido, a pesquisa se caracterizou por ser quantitativa, descritiva, exploratória e retrospectiva (2017-2021), cuja amostra foram os dados contidos no sistema nacional de notificação de agravos (SINAN), sistema de informações de nascidos vivos (SINASC) e sistema de informação de mortalidade (SIM). Foram incluídas todas as mulheres e recém-nascidos, notificados como casos novos de sífilis gestacional e sífilis congênita respectivamente, residentes na Planície Litorânea do Piauí. Espera-se com esse trabalho, contribuir para a atualização de dados e qualificação do pré-natal no manejo da sífilis em gestante e buscar reduzir o número de casos na planície litorânea do Piauí. Além disso, incluir no pré-natal o parceiro, com abordagem interprofissional da família, implantação de atividades de educação permanente dos profissionais para atuarem de modo eficaz no diagnóstico e tratamento da gestante e seu parceiro durante o pré-natal, além de fornecerem esclarecimentos sobre a gravidade da doença, consequências, transmissão, medidas de prevenção e necessidade de tratamento.