O presente artigo busca justificar o uso da prática meditativa, de natureza intervencionista baseada na união corpo e mente, como fator causal de bem-estar. Através de revisão sistemática de 13 produções científicas – 2018 a 2022 – indexada na base de dados Google Scholar relacionadas à meditação, saúde, bem-estar e terapia complementar. Originária do oriente visa o equilíbrio emocional e seus principais alvos são pacientes com transtorno de ansiedade, câncer, hipertensão e consequentes riscos cardiovasculares. Porém, mais do que o tratamento das patologias, a meditação busca a humanização do processo saúde-doença-cuidado confluindo com os princípios do SUS. Portanto, introduzida em 2006 na PNPIC, é ferramenta não farmacológica e promove benefícios físicos, emocionais, sociais e cognitivos no organismo através de alterações fisiológicas significativas. As vantagens da meditação na atenção primária relacionam-se com sua inclusão no plano terapêutico como alternativa de baixo custo, sem efeitos colaterais e com redução do uso de medicação. Quando usada em pacientes crônicos mostra-se uma ferramenta de alívio tanto do quadro clínico, quanto dos sentimentos em relação ao prognóstico, favorecendo o tratamento. Como prevenção primária e secundária à doenças cardiovasculares, a meditação é aliada. Outro grupo acometido por sentimentos negativos e estresse são os acadêmicos de diversas áreas, que podem dispor da prática meditativa com melhora de desempenho, qualidade de vida, autocompaixão e reorganização de circuitos neurológicos. Ademais, no contexto de isolamento social, principalmente relacionado à pandemia de Covid-19, onde houve elevação de risco de transtornos mentais, obesidade e estresse crônico, a meditação cresceu como prática no auxílio do bem-estar. Por fim, os profissionais da saúde podem utilizar a prática e também podem recomendá-la a seus pacientes complementando no tratamento de cura, trazendo reflexão sobre a saúde como um todo e a relação do indivíduo com o momento presente.