Este artigo possui como tema central uma pesquisa que visa identificar a prevalência de transtornos alimentares entre estudantes do curso de medicina de uma instituição privada de ensino superior no município de Teresina, PI. O estudo adota uma abordagem quantitativa, transversal e descritiva, utilizando o Teste de Atitudes Alimentares – EAT-26, além de um questionário sociodemográfico para avaliar os fatores de risco associados ao desenvolvimento de transtornos alimentares. A pesquisa busca compreender o perfil epidemiológico dos participantes, considerando variáveis como índice de massa corporal (IMC), idade, gênero, período do curso, situação conjugal, prática de exercício físico e consumo frequente de bebidas alcoólicas. Além disso, procura identificar comportamentos que influenciam os estudantes de medicina a desencadear transtornos alimentares. Os resultados apontam para uma prevalência de comportamentos de risco para transtornos alimentares, especialmente entre as mulheres e indivíduos na faixa etária de 18 a 21 anos. Uma descoberta importante do estudo é a relação entre o estado nutricional dos estudantes e a adoção de práticas alimentares inadequadas, pois a análise revela que estudantes com IMC fora da faixa considerada ideal são mais propensos a desenvolver transtornos alimentares. Surpreendentemente, a pesquisa também identifica comportamentos de risco em estudantes com IMC normal, destacando a influência da sociedade atual na busca por um corpo idealizado, muitas vezes resultando em distorções na autoimagem. Em última análise, os resultados apontam para a importância de se reconhecer a significativa prevalência de transtornos alimentares entre os estudantes, o que pode ter sérias implicações para a saúde física e mental dessa população. Além disso, o artigo sugere a necessidade de medidas de assistência estudantil para alunos diagnosticados com transtornos alimentares ou em risco, destacando a importância de abordar essa questão nos ambientes acadêmicos.