A língua pode ser definida muito mais que um simples código ou instrumento de comunicação, ela é considerada como uma das principais marcas da identidade de uma nação ou povo segundo Rajagopalan (2003). Nesse sentido, aprender uma língua adicional é de extrema importância no contexto contemporâneo. Partindo dessa premissa, objetivamos (i) discutir questões teóricas relacionadas ao ensino de línguas adicionais (ii) apontar as especificidades do ensino de língua japonesa e inglesa, especialmente no contexto amazônico e na rede pública de ensino em Manaus e (iii) analisar as perspectivas dos estudantes sobre o próprio processo de ensino-aprendizagem. Para alcançarmos tais objetivos fundamentamos nossas análises em Cook (2001), Norton & Toohey (2011) e Dornyei (2005). A metodologia utilizada consistiu na aplicação de questionário sobre as percepções de aprendizagem de 165 estudantes do ensino fundamental II, divididos em 101 alunos dos 8º anos e 64 alunos dos 9º anos do ensino fundamental II, sem distinção de gêneros, com idades de 12 a 14 anos. Os resultados apontam para a hipótese de que o ensino de línguas adicionais deve ser realizado de forma que promova exposição ampla da língua, aliando os conhecimentos prévios dos estudantes ao desenvolvimento de habilidades de compreensão oral e escrita, e a vivência de experiências culturais relacionadas à língua estudada. Diante do exposto, pode-se observar, de acordo com o estudo em questão, uma maior disponibilidade e exposição à língua adicional inglesa em comparação com a língua adicional japonesa, fato justificado pela proximidade e interesse na língua alvo, essa constatação possibilita uma percepção de maior conforto no processo de aprendizagem do inglês em relação ao japonês.