RESUMO
INTRODUÇÃO: A transição epidemiológica do século XX trouxe consigo o desafio das doenças crônicas e degenerativas, mudando o enfoque da saúde pública para a Atenção Primária em Saúde (APS) e a promoção da saúde. Nesse contexto, as Práticas Integrativas e Complementares (PIC) surgem como estratégias potenciais, alinhadas com a busca por alternativas terapêuticas e a valorização dos determinantes biológicos, ambientais e de estilo de vida. A PNPIC foi estabelecida em resposta a essas demandas, visando garantir a integralidade na atenção à saúde. OBJETIVO: Esta revisão tem como objetivo analisar as produções científicas relacionadas à PNPIC no SUS, identificando os principais temas abordados, as fragilidades e potencialidades de implantação da política. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura, com busca de dados nas bases de dados Medline, Lilacs e Scielo, entre julho e dezembro de 2016. Foram incluídos artigos completos, disponíveis em português, inglês ou espanhol, publicados entre 2006 e 2016, que abordavam pesquisas qualitativas e/ou quantitativas com profissionais, usuários, gestores e estudantes da área da saúde. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise dos artigos selecionados revelou que a formação deficiente dos profissionais do SUS em relação às PIC e a falta de acompanhamento do uso de plantas medicinais por usuários são desafios a serem enfrentados. Apesar do interesse crescente nessas práticas, identificou-se a necessidade de maior capacitação e integração das PIC no SUS. CONCLUSÃO: A PNPIC representa uma mudança significativa na abordagem da saúde pública, mas ainda enfrenta desafios como a formação profissional e o acompanhamento das práticas terapêuticas. A integração das PIC no SUS requer políticas e ações mais efetivas para garantir sua eficácia e contribuição para a saúde da população.
Palavras-chave: Práticas Integrativas e Complementares, Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, Sistema Único de Saúde, Atenção Primária em Saúde, Saúde Pública.