Este working paper tem a intenção de trazer a discussão levantada na primeira edição do Café com Antropologia, que teve como mote Mulheres e (In)Visibilidades. O evento foi organizado pela Rede dxs Doutorandxs do CRIA/ISCTE-IUL e contou com reflexões sobre a maneira como as mulheres são abordadas no Legislativo brasileiro, na atenção obstétrica, em casamentos entre brasileiras e homens brancos europeus, quando são ciganas feministas e quando trabalham como cuidadoras. O debate aponta para o jogo entre visibilidades e invisibilidades na abordagem às mulheres nestes diferentes contextos, ora resvalando para situações de subordinação e apagamento, ora engendrando possibilidades de resistência e subversão. Assim, nota-se que é a partir da construção de outras narrativas sobre suas histórias e lugares que podem ocupar que é possível desestabilizar as fronteiras hierárquicas e estabelecer outras relações de poder para as mulheres. Portanto, a visibilidade estaria relacionada a um discurso pautado nas questões de género. Tal discurso poderia desnudar e denunciar formas de violência que são naturalizadas em nossa cultura e, por isso, invisibilizadas.