1 Citation
A recente pandemia da doença do coronavírus 2019 (COVID-19), com 1,815,433 mortes confirmadas e 82,356,727 casos confirmados em janeiro 2021 (World Health Organization Coronavirus disease 2019 (COVID-19), tem levado à rotura de muitos sistemas de saúde a nível mundial, exigindo medidas de alteração drásticas nos atendimentos presenciais, tanto por falta de capacidade, como para evitar a disseminação da doença. A passagem para respostas dos serviços de saúde à distância foi quase imediata, face à necessidade permanente da continuidade dos cuidados da população (Wonca, 2002). A metodologia seguida nesta investigação baseou-se num estudo quantitativo e qualitativo, com aplicação de um inquérito por questionário online, tendo sido obtidas 335 respostas válidas, e um segundo questionário aplicado após a avaliação de resultados do Digi2Demic para aprofundar questões relacionadas com a solidão, acompanhamento e afetos na relação à distância em saúde. Foi ainda efetuada uma análise de conteúdo qualitativa à pergunta aberta sobre o futuro da saúde. Os resultados desta investigação demonstram que a saúde digital é importante, terá continuidade e assenta na confiança, credibilidade, proximidade, empatia, segurança de dados e da relação estabelecida entre o profissional de saúde e o utente. Em boa hora este grupo de investigadoras desenvolveu este projeto de avaliação da perceção da saúde digital e dos efeitos que esta mudança provocou no cidadão em Portugal. Urgia fazer esta avaliação, por um lado, pela necessidade contínua de manutenção da relação em saúde através de meios à distância seguros, mas também pelos desafios que se colocam tanto aos utentes como aos profissionais de saúde. Agradecemos vivamente ao ACES Arco Ribeirinho e ao Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC) pela participação ativa para os resultados.