Em minhas andanças transoceânicas, percebi que os artistas viajantes ou emigrantes dificilmente dispersam seus arquivos. Nas malas e baús que carregam consigo, recolhem objetos diversos, aparentemente insignificantes, papéis avulsos, fotografias rasgadas, bilhetes e flores secando nas páginas de um diário de anotações; são provas documentais necessárias à conservação da memória, testemunhas únicas de sua vida naquele outro lugar de outra forma perdido na distância geográfica e no passado.