A desigualdade de renda é um fenômeno estrutural que, ao longo da história, ampliou-se consideravelmente em todo o mundo. Na realidade objetiva, esse desequilíbrio está relacionado a outra desigualdade: a de acesso de populações às condições básicas de vida, como educação, saúde, habitação e cultura — áreas promotoras de bem-estar. Segundo o World Inequality Report (WID) 2018, aqueles que integram o 1% mais rico da população mundial detêm 27% da renda no mundo desde 1980, enquanto os 50 % mais pobres acessam apenas 12% da renda mundial. Essa tendência de redução de proventos afeta, de forma mais severa, pessoas mais vulneráveis, além de comprometer o princípio da equidade, próprio dos regimes democráticos e da condição de dignidade da pessoa humana.