Adversidades, em seus múltiplos sentidos, são inerentes à humanidade, continuamente forçada a se reinventar, reformular e a reagir diante de situações imprevistas, desenvolvendo outras práticas e percepções, outros hábitos e relações. Na arte, elas também comprometeram sua produção, circulação e recepção, do mesmo modo que as coleções enfrentaram ameaças, dispersões, desaparecimentos e readaptações. Como dito por Hélio Oiticica - Da adversidade vivemos. As crises atuaram de forma direta ou indireta nos destinos da arte, das coleções, da história e crítica da arte, tanto em perspectiva histórica quanto na reflexão de seus rumos na contemporaneidade. Partindo da ideia de manuais de autoajuda, que apresentam as dificuldades e modos de ultrapassá-las, A arte de lidar com as adversidades é uma provocação para pensar como as crises impactaram e modificaram a arte, as coleções e a história da arte, e suas instituições, e como refletiram esses momentos de exceção e ameaça, representaram-nos, resistiram a eles e propuseram estratégias para sua superação.