Introdução: O canabidiol é uma substância extraída da planta Cannabis sativa, também conhecida como maconha ou cânhamo. Embora sua utilização seja realizada há séculos, na atualidade ganhou visibilidade em razão de sua aplicação para fins medicinais. Atualmente, a substância é considerada uma terapêutica de grande importância no âmbito da saúde pública brasileira, uma vez que é utilizada no tratamento de várias doenças, com impactos positivos na melhora clínica e na qualidade de vida. Recentemente, brasileiros conquistaram o direito garantido por lei a ter acesso aos serviços de saúde e aos tratamentos que utilizam a substância, mesmo diante das preocupações éticas e legais que o tema desperta. Nesse cenário, a Bioética oferta uma gama de reflexões e proposições para as questões éticas e morais envolvidas, incluindo a defesa do direito à saúde, como princípio ético a ser assegurado pelo Estado. Objetivos: O objetivo do estudo foi discutir a importância da legalização canabidiol como método terapêutico no país, tendo como eixo de discussão a Bioética. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, em que foram utilizadas as bases de dados PubMed, Google Acadêmico,SciELO e MEDLINE. Foram incluídos artigos em inglês e português, com acesso gratuito, publicados nos últimos cinco anos, e que abordavam a realidade brasileira. Resultados: Os resultados da pesquisa revelaram que há um elevado número de estudos científicos acerca do tema, apontando os efeitos positivos no tratamento de diversas patologias. Contudo, há preocupações em relação aos efeitos nocivos da substância à saúde e ao uso recreativo da planta, o que dificulta o debate sobre a legalização do uso de forma medicinal no país. Ademais, somado a isso, há a falta de conhecimento sobre os benefícios do canabidiol, o alto custo dos produtos devido ao processo burocrático para sua importação, e o estigma social que cerca o assunto. Conclusão: A utilização do canabidiol impacta no contexto da atenção à saúde no Brasil, e sua legalização tem grande importância para assegurar direitos humanos fundamentais, particularmente no que concerne à autonomia, e ao respeito ao princípio da dignidade da vida humana.