A introdução de espécies exóticas é uma grande ameaça às espécies nativas e aos habitats invadidos. No Brasil, poucos estudos focam na interação entre vertebrados exóticos e nativos. A história do clado Anole é descrita por dispersão de longa distâncias, com isso esses animais foram considerados propensos fisicamente e ecologicamente a dispersão. Anolis porcatus Gray, 1840 foi recentemente encontrado na cidade de Santos, região da baixada santista do litoral sudeste do brasil. Eles foram encontrados em áreas urbanas e industriais com forte presença urbana, ocupando paredes cercas, árvores e arbustos. Espécimes coletados na região de Sambaiatuba em São Vicente foram sexados e medidos. Ao total 11 medidas morfométricas foram tomadas para a realização de análises estatísticas para determinar organização dos animais pelo padrão de forma ou tamanho corporal. Existe diferença de forma de Anolis porcatus entre os machos que ocupam os estratos de altitude no habitat, com um aumento de tamanho conforme o aumento da altitude. Não foi encontrado dimorfismo sexual na população estudada em São Vicente. Esse dimorfismo contribui para a diversidade eco morfológica dos lagartos Anolis ocidentais. Aqui na região, o padrão se apresenta apenas entre os machos alphas e as fêmeas, entretanto isso não é explicado pelo dimorfismo sexual. Os animais aqui estudados foram agrupados em quatro classes de tamanho de acordo com a localização na vegetação: Machos jovens de menor tamanho - localizados nas raízes e na base das árvores/arbustos; Fêmeas de tamanho similar aos machos - ocupam a porção intermediária das árvores/arbustos; Machos adultos - localizados na parte intermediária, abaixo da copa; Machos Alpha de maior tamanho - localizados na copa.